SP: Servidores do Tribunal de Justiça mantêm estado de greve

 Dissídio coletivo deve ser instituído nos próximos dias

Ocorreu no último sábado (29/05) mais uma assembleia-geral dos servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em estado de greve desde o dia 17 de abril, a categoria reuniu-se para avaliar a mobilização; refletir sobre a situação da pandemia por Covid-19; sobre o andamento das negociações com o TJ-SP e também sobre como está a mobilização da classe trabalhista contra os ataques dirigidos ao Serviço Público.

As entidades representativas dos servidores trouxeram a avaliação de como está a mobilização no Judiciário e também das lutas gerais, como por exemplo, contra a Reforma Administrativa. Informaram que o dissídio coletivo deve ser instituído nos próximos dias. Além disso, enfatizaram a importância de fortalecimento da mobilização uma vez que estamos diante da iminência de uma terceira onda de crescimento da pandemia; da dificuldade de avançar nas negociações com o Tribunal de Justiça e a aprovação da PEC 32 (Reforma Administrativa) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Diante de tudo o que foi debatido, foram aprovados alguns encaminhamentos:

– Encaminhamento do Dissídio da Campanha Salarial que está sendo elaborado junto aos jurídicos das entidades;

– Comunicação/Conscientização e Organização: Que sejam criados grupos de WhatsApp em cada fórum; que as Entidades façam reuniões ampliadas com seus associados e convidados; Reuniões por Comarcas e Regionais onde for possível;

– Ato Presencial no Fórum João Mendes e no Palácio da Justiça no dia 09/06, às 13h para pressionar o Tribunal de Justiça a receber a comissão das entidades;

– Dia 23/06 – Retomada das Quarta de Lutas;

– Dia 26/06 às 10h próxima Assembleia-Geral dos Judiciários;

– Enquete Quem somos? Como estamos?: As conclusões serão tabuladas pela Executiva da Sala Virtual da Campanha, prazo final até 2/06;

– Mantidas a Greve Sanitária e o Estado de Greve. Entidades farão levantamento de como está a adesão;

– Ato e Carreata na Alesp contra o confisco do governo Dória e contra a PEC 32 – Data e horário a ser definidos;

– Campanha de Solidariedade ao povo necessitado nas periferias: Arrecadação de cestas básicas junto aos colegas nos fóruns, onde for possível ou por meio das entidades;

– Organização de um acervo de memórias das lutas dos judiciários;

– Elaboração de moção de apoio ao deputado Carlos Giannazi, que está sofrendo retaliação pelo presidente da Alesp e o governador;

– Dia de Mobilização Nacional dos Judiciários Estaduais (proposta da Fenajud) em conjunto com os demais funcionários públicos contra a PEC 32/20 – 16/06.

 

 

Sobre o(a) autor(a) Ana Carolina Rios

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel e licenciada em letras pela Universidade de São Paulo (USP). Assessora de Comunicação da AASPSI Brasil desde 2012.